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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O NÓ DO AFETO

Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-Ihes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá?lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante.
E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.
Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.
E você... já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?
Retirado do site: http://www.portaldafamilia.org/artigos/texto008.shtml

2 comentários:

  1. Fiquei emocionada ao ler esta pequena história. Acredito que os pais que passam o dia vendo seus filhos e não se preocupam em dar um pingo de afeto, deveriam seguir o exemplo deste pai, que mesmo estando ausente consegue transmitir amor ao seu filho, e se não fosse isso ele poderia ser bem diferente na escola, pois o fato de ter um simples nó no seu lençól todas as noites significa que tem alguem ali que se preocupa e que está zelando por ele, fazendo com que esta criança se sinta estimulada.

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  2. Linda a história. Também acredito, como mãe, que o tempo que se dedica a um filho não deve levar em consideração a quantidade, mas sim, a qualidade!
    Todos nós, pais, precisamos trabalhar se quisermos dar uma boa estrutura e mais conforto para nossos filhos; ninguém sobrevive sem dinheiro, e isso é uma realidade.
    Mas nada disso justifica o fato de dar amor e carinho. Cada um deve encontrar a melhor maneira para que seu filho entenda o quanto é amado.
    Crianças amadas se tornam adultos felizes, independente da condição financeira.

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